Contando os dias para reestrear no futebol profissional, o Canto do Rio Foot-ball Club retorna às suas origens e conquista mais uma importante vitória: Gerson de Oliveira Nunes, o Canhotinha de Ouro, fará parte do Conselho Gestor do Futebol do Cantusca.
O anuncio foi feito na última quarta-feira, dia 23, em um almoço informal na sede do Canto do Rio. O conselho gestor faz parte de um novo modelo de gestão, nos moldes do adotado pelo Real Madrid. O clube está dando um importante passo rumo à modernidade sem abandonar as raízes.
“O conselho gestor do Cantusca 30 ganha muito com a presença do Gérson, muito pelo seu conhecimento no mundo do futebol, mas principalmente pela sua história com o Canto do Rio. Não poderia ser outra personalidade, senão o canhotinha de ouro. Estamos muito satisfeitos”, salientou o presidente Rodney Melo.
No próximo dia 09, o canhotinha receberá das mãos do presidente Rodney Melo, a primeira camisa oficial da temporada, no evento de lançamento do uniforme profissional.
Como tudo começou
Durante o encontro, Gérson relembrou sua história com o clube e como tudo começou em sua carreira esportiva.
“A minha vida começou no Canto do Rio, já entrei aqui na barriga da minha mãe. Depois eu fui infantil, fraldinha, dente-de-leite, jogando futebol de salão. Cheguei a fazer atletismo e depois fui pro futebol de campo. Fomos campeões do Niteroiense, Pontariense, Vianense, Ipiranga, pelo Canto do Rio. Aqui sempre foi minha casa”, contou o craque.
Gérson vinha de uma família toda envolvida com o futebol e começa a treinar no Canto do Rio em 1953, quando tinha apenas 12 anos de idade. O canhota ficou no clube até 1957, quando foi convidado para compor o time do Flamengo.
“Na época o Canto do Rio era convidado a jogar o Campeonato do Guanabara. Fizemos um preliminar contra o Flamengo, perdemos de 5 a 2 e eu fiz os dois gols do Canto do Rio. Depois do jogo eu fui chamado pelo Bria, técnico do Flamengo, para jogar lá”, lembrou.
Depois disso a carreira do canhotinha deslanchou, jogando ainda no Fluminense, Botafogo, São Paulo e na Seleção Brasileira, onde foi campeão da Copa do Mundo de 1970.
Texto: Jaqueline Freires / Fotos: Dalton Valério